17 Miúdas


Olá, olá! O Verão está aí a terminar e enquanto preparamos umas coisas (novidades na calha) temos aqui umas sugestões a fazer.
Do que anda (ou andou recentemente) por aí no cinema, do que já foi visto (há uns fortes candidatos por ver) há uns filmes simpáticos que merecem ocupar um pouco do nosso tempo.
A Delicadeza” é um filminho despretensioso e cheio de boas surpresas. Os pormenores são subtis e inteligentes, talvez por isso (pela subtileza) tenha desagradado a alguma crítica. E é um filme divertidíssimo. Confesso que por ter a Audrey Tautou no papel principal receava uma espécie de Amélie em contínuo mas, o filme no geral e ela em particular, descolam-se completamente dessa referência. Disparate o meu e ainda bem que vi.
Amigos Improváveis” é outra bela surpresa (também francesa e de 2011). Outro que foge aos clichés, partindo deles como pressuposto, e oferece 112 minutos hilariantes e sem lições de moral bacocas, de onde se esperava que não pudesse fugir. A ver, a ver.

Ainda uma referência a um filme muito mal classificado que é o “Fiel Companheiro“, desta vez americano e de 2012. Não sendo nada de extraordinário, é simpático e prazenteiro. Eu diria que quase como um romance do Frazen, ainda que sem pretensões a tal, mas parecido na vontade que nos deixa de acompanhar a história daquelas personagens, de seguir a novela… Bons de ver a Diane Keaton, o Kevin Kline, a Dianne Wiest e o Richard Jenkins.
Para crianças, claro, o Brave, com uma miúda ruiva “indomável” no centro da acção. Assim só para desenjoar, ainda que pudessem ter explorado melhor. Mas parece-me que fica em aberto uma sequela.

Agora, fora disso tudo, completamente fora, aliás, embora também francês e também de 2011, dei por mim a ver um filme cuja sinopse me chamou a atenção.
Numa escola secundária, 17 miúdas decidem engravidar mais ou menos em simultâneo. 17!! Logo aqui a coisa parece estranha (porém aconteceu, em 2008) e as imagens do trailer deixam curiosidade.
E aqui está um filme que passa no Bechdel Test e lá encaixa as vezes que se quiser (Lembram-se? Espreitem lá em que é que consistia e como era surpreendentemente difícil encontrar um filme que passasse!).
Pois este passa e repassa porque é todo centrado no ponto de vista destas miúdas que decidem engravidar por motivos nada relacionados com o amor ou rapazes mas antes pela relação de amizade que as une e uma vontade de agarrar as rédeas da própria vida, convencidas que em conjunto o poderão fazer.
É um filme engraçado, surpreendente (e algo preocupante para quem tenha filhos – ou filhas, mais concretamente – prestes a entrar na adolescência) e revelador de uma certa tendência – já não é só tendência, está mesmo a acontecer – no cinema, nas séries de tv (ainda não vos disse porque adoro a série GIRLS que está a fazer furor nos EUA (HBO) e por cá terá começado há cerca de uma semana num canal privado de séries, parece-me), livros e arte em geral. E na internet, claro.
É tempo de expressão no feminino, sem grande margem para as pressões da cultura predominante. E isto tem uma importância avassaladora e deixa-me muito feliz.
Mas, bem, voltando ao filme em si, acho que vale a pena espreitar. Vejam lá como consegui-lo (esteve no Indie este ano).

De resto, espero que as novidades apareçam por aqui em breve, na medida do possível.
Até lá farei um esforço para vos manter a par daquilo que mais nos chama a atenção, nos 30 e Picos, 40 e Tal… até já! ;)

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