Blá, blá, blá, a mulher, blá, blá, blá, a beleza.

“Fotografei não sei quantas mulheres de todo o mundo para provar que a beleza está em toda a parte” – uma ode à diversidade, mas a beleza, pelos vistos, está sempre representada pela mulher, que serve para pouco mais que ser contemplada. É a mesma ideia que está subjacente àquela coisa de “adorar as mulheres“, comum aos mais variados babosos, do Pedro Mexia à Catarina Furtado. A Mulher, essa massa acéfala, amálgama indiferenciável, apesar da diversidade geográfica, étnica ou de personalidade. A Beleza, difundida séculos após séculos, sempre pelo mesmo ponto de vista, independentemente do movimento estético, perpetuada por muitos (homens e mulheres). Ou para bom uso da publicidade e do entretenimento. Claro que depois disso já ninguém sabe como é uma mulher a sério, mesmo que seja ou tenha sido topmodel. Valham-nos os Gregos (ou melhor, os escultores gregos do período clássico), sempre a ensinar qualquer coisinha à civilização.
E valha-nos o casal da foto a mostrar quão sexy é enfiar uma banana na boca.
Uau, mais uma colecção de raparigas novas e magras, havia poucas por aí. Obrigada por finalmente mostrarem que há raparigas novas e magras e giras em vários países… Quem diria… Especialmente nos países do terceiro mundo, juro que não sabia que havia raparigas novas e magras nesses países pobrezinhos de nomes esquisitos. Ah espera, mas não é para isso que existe o concurso de miss universo? Ah não, isso é muito “mainstream” e é super careta e machista e objectifica as mulheres… Isto é tipo arte tás a ver, é mais étnico, e é bué girl power e libertador #imafeministhipster #fotografargajasnãoéfeminismo #nationalgeographicvogue